quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

estrelas

estrelas    

"...if it’s true that every person has a star in the sky, mine must be distant, dim, and absurd." (Sadegh Hedayat) 

 

O universo se curva diante do breu da noite
Estrelas entre rabiscos, mesmo que turvos,
se apresentam como a corte real da galáxia

Entre duas ou três nebulosas
se esconde a minha estrela.
Estrela binária, supernova, 
tanto faz
— ela está lá.

À sombra de um farol,
me escondo do vazio.
Contemplo o mar, 
os navios, as nuvens.
No mundo do depois,
o caminho mais rápido
entre dois pontos, não é uma reta
e nem uma curva.

O relógio de sol não mostra
a hora exata em que a noite tem fim.
Não há nada de exato no céu
A noite segue como 
alguém sentado e calado
numa praça.
Em todas as praças.

O farol, guia dos navios
diz que talvez a minha,
minha estrela no céu
seja, quem sabe?, o Sol.

Nenhum comentário:

Postar um comentário