sexta-feira, 6 de junho de 2014

seis e uns quebrados

seis e uns quebrados

não há nada além do correr dos ponteiros
além do barulho assustador do tic-tac
do vermelho vivo sangue do relógio
pendurado no alto de uma parede de azulejos
que se completam num padrão tão bonito
em algo tão sólido e difícil de penetrar

quando se lembra que não há nada além
além dos gritos cortantes por socorro 
confusão espacial das sirenes dos bombeiros
nada além do frio do silêncio do vazio
nada além do correr ainda dos ponteiros
é aí que a noção de tudo se esvai e volta
tic
tac

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